Alargamento da recolha de resíduos alimentares

Os resíduos alimentares são restos da preparação de refeições e sobras de alimentos (cascas de fruta, aparas de legumes, pão, borras de café, entre outros). Representam cerca de 40% dos resíduos indiferenciados (resíduos comuns) produzidos no município de Lisboa, pelo que é fundamental efetuar a sua separação.

O modelo de recolha depende da capacidade do edifício, resultando a implementação de dois sistemas distintos de deposição de resíduos alimentares – sistema porta-a-porta, à semelhança dos restantes fluxos, e sistema de contentorização na via pública. Para auxiliar o processo de separação e transporte dos restos alimentares, serão entregues baldes de 7L em ambas as situações.

• Sistema porta-a-porta: Este modelo consiste na recolha efetuada junto das habitações, sendo atribuído um contentor de tampa castanha cuja capacidade pode variar entre 140 ou 240 litros, de acordo com a produção e espaço do edifício. Os resíduos alimentares serão depositados neste contentor e recolhidos em dias específicos.
• Deposição em contentor de proximidade: Neste modelo, a deposição será realizada em equipamentos de proximidade, situados na via pública, em pontos fixos e em zonas de fácil acesso. Dadas as suas características, os contentores estão incorporados em abrigos.

A entrega de equipamentos e respetivas ações de sensibilização realizar-se-ao nos meses de novembro e dezembro. Desta forma, estima-se que o início da recolha decorra a partir da primeira semana de dezembro de 2023.

A Comissão Europeia alterou a Diretiva Quadro Resíduos no qual propõe um conjunto de medidas que visam o desenvolvimento de uma Economia Circular na União Europeia, procurando a realização da Agenda 2030, com a máxima eficiência na utilização dos recursos. Desta proposta, resultou a obrigatoriedade de recolha dos resíduos alimentares até 31 de dezembro de 2023.

É precisamente neste domínio que se salienta a necessidade da Câmara Municipal de Lisboa implementar este projeto, de forma a assegurar que os resíduos são efetivamente objeto de operações de valorização mas também que o processo seja valorizado, facilitado e melhorado. A Câmara Municipal de Lisboa pretende progredir no sentido mais sustentável e viável do ponto de vista ambiental.

A recolha deste fluxo será realizada três vezes por semana. Na freguesia de Benfica será realizado às segundas, quartas e sextas e na freguesia de São Domingos de Benfica às terças, quintas e sábados. 

A Câmara Municipal de Lisboa tem como objetivo expandir a recolha de resíduos alimentares, a outras freguesias, a partir de janeiro de 2024.

Os resíduos alimentares recolhidos são encaminhados para a Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO) da Valorsul.

Ao separar os seus resíduos alimentares evita que estes sejam incinerados ou acabem em aterro, que têm como principais impactos negativos a libertação de gases com efeito de estufa, a ocupação e contaminação do solos, e ainda a contaminação da água.

Os resíduos alimentares corretamente separados são valorizados e transformados em composto que pode ser utilizado como corretor de solos. Neste processo é ainda produzida energia elétrica, tendo assim como fonte renovável os seus resíduos alimentares.

Se não separar os seus resíduos alimentares, estes serão misturados com o lixo comum, sendo encaminhados para incineração ou para aterro, tornando o processo muito mais nocivo para o ambiente.

A incineração de resíduos consiste na combustão dos mesmos, resultando na produção de energia elétrica, gases de combustão, escórias e cinzas. As escórias e as cinzas são enviadas para a aterro. Os gases de combustão são submetidos a um processo de tratamento. Caso se dê a libertação destes gases para atmosfera, estes são extremamente prejudiciais para a saúde humana e para o ambiente.

Entre em contacto com a Câmara Municipal de Lisboa através do portal “Na minha Rua” ou dos números: 800 910 211 (número gratuito) ou 218 170 552 (rede fixa nacional).