Segundo as Nações Unidas, "Resiliência Urbana é a capacidade mensurável de qualquer sistema urbano, com os seus habitantes, de manter a continuidade durante todos os choques e tensões, enquanto se adapta e se transforma positivamente no sentido da sustentabilidade.

A resiliência urbana é um catalisador para o desenvolvimento sustentável. Garante que os ganhos de desenvolvimento não sejam perdidos quando as cidades enfrentam choques e os habitantes podem crescer num ambiente seguro enquanto abordam os principais desafios, como as mudanças climáticas e a rápida urbanização" ( in https://unhabitat.org/topic/resilience-and-risk-reduction), bem como os fenómenos naturais.

Os desafios globais com que nos deparamos enquanto sociedade, incluem os riscos naturais, os ambientais, os climáticos, os económicos e os riscos biológicos.

A dinâmica do planeta Terra pode desencadear fenómenos naturais e outros potenciados pela ação antrópica, como consequência dum desenvolvimento insustentável, com efeitos destrutivos sobre as populações e seus bens.

Estes fenómenos podem ter origem geológica: sismos, vulcões, deslizamentos de massa, tsunamis, liquefação de solos, mobilidade cíclica; podem ter origem climática: inundações, sobrelevação de maré, ondas de calor, ondas de frio, tempestades de vento e outros eventos extremos; e podem resultar da ação antrópica, como por exemplo os riscos geotécnicos, resultantes da ocupação de zonas com maiores condicionalismos à ocupação: empolamentos, assentamentos, impactos sobre o nível freático, etc.

Há ainda a considerar os riscos globais resultantes da poluição e contaminação de ecossistemas, os riscos e o aumento da vulnerabilidade económica, assim como os riscos de origem biológica.

As áreas urbanas, em particular as mais expostas a estes fenómenos, apresentam maior vulnerabilidade e consequentemente maior risco de perda de vidas e bens em caso de catástrofe e maior impacto económico.

Torna-se assim premente alertar e preparar as populações para os riscos iminentes, na ótica da minimização de perda de vidas, da promoção duma melhor preparação de todos os intervenientes na sociedade (decisores políticos, munícipes e serviços de proteção civil), da avaliação do impacto dos fenómenos sobre os territórios e dos elementos expostos, e do desenvolvimento de diretivas de promoção de sustentabilidade e resiliência urbana.