Custos

O principal inconveniente do reforço sísmico é ter custos associados. Assim, para enquadrar esta questão de forma genérica e fazer uma avaliação qualitativa se o reforço sísmico vale a pena ou não, podemos usar a experiência passada dos casos em que o reforço sísmico foi efetuado. A experiência demonstra que, em obras de reabilitação de construções, os acréscimos de custos devidos ao reforço sísmico em geral estão abaixo de 200 euros/m2 e, na maioria dos casos, estão abaixo de 100 euros/m2.

Este valor deve ser comparado, para começar, com o valor dos bens que se pretende proteger, ou seja, as construções e o seu recheio. O custo de construção depende do seu tipo e da qualidade dos acabamentos, mas pode assumir-se um valor médio 800 euros/m2. O valor do recheio depende do tipo de utilização, com a tendência para ser superior em edifícios com equipamentos de suporte a certas atividades profissionais, como escolas, hospitais, etc.

A proteção destes equipamentos também permite evitar os custos indiretos da sua indisponibilidade em caso de danos nos edifícios. Ou seja, de forma grosseira, pode afirmar-se que a proteção dos edifícios custa cerca de 10% a 20% do valor dos bens a proteger. E esta análise não considerou o valor intangível da proteção da vida humana, nem a questão ética de evitar a situação atual, em que se induzem as pessoas em erro ao colocar no mercado casas sem níveis mínimos de segurança e sem informar os seus utilizadores dessa situação, deixando-os com a ilusão de uma falsa sensação de segurança.