Perguntas Frequentes
Nesta página encontra várias perguntas frequentes que podem ajudar a responder à sua questão.
Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami
A área potencialmente inundável por tsunami foi definida pelo estudo “Carta de Risco de Inundação por Tsunami para o Município de Lisboa, 2019”, desenvolvido por uma equipa multidisciplinar que envolveu três instituições: Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Instituto Dom Luiz da Universidade de Lisboa e o Instituto Superior Técnico, para a CML.
O cenário utilizado para a implementação do sistema baseia-se no impacto combinado de tsunami, causado por um sismo de magnitude Mw 8.75 (semelhante ao de 1/11/1755), com epicentro localizado a sudoeste do Cabo de São Vicente, coincidente com preia-mar de águas vivas (a maior maré cheia), sobrelevação meteorológica e um cenário de subida do nível médio das águas do mar até ao ano de 2050.
FONTE: Carta de Risco de Inundação por Tsunami para o Município de Lisboa, 2019
Os Pontos de Encontro são locais localizados acima da zona limite da zona potencialmente inundada por tsunami e a partir de onde se pode sentir seguro.
FONTES: Caderno Técnico PROCIV 28 “Guia de Referencia para Planeamento de Evacuação em caso de Tsunami e Resolução nº1 /2019, de 12 de setembro
Sim. A zona ribeirinha de Lisboa apresenta alguns obstáculos físicos à evacuação, principalmente a linhas férreas e barreiras associadas, tais como a vedação.
Na zona de Belém, a travessia da linha é efetuada através de passagens aéreas ou subterrâneas.
Após um sismo destruidor, essas passagens podem não estar operacionais, o que obrigará à busca de alternativas. O mesmo pode suceder no caso das vias de evacuação, que poderão ficar obstruídas por escombros, se algum edifício ruir.
São trajetos a seguir desde um ponto na zona potencialmente ameaçada por tsunami até um ponto de encontro.
A sinalética adotada é a definida pela Resolução n.º 1/2019, de 12 de setembro, que aprova a diretiva relativa à norma orientadora para a instalação de sinalética em áreas expostas ao risco de rotura de barragens e áreas expostas ao risco de tsunami e respetivos caminhos de evacuação.
Sim, através da Resolução n.º 2/2019, em 12 de setembro de 2019, que define as normas técnicas para a operacionalização de sistemas de aviso de tsunamis, através da utilização de sirenes.
O sinal sonoro emitido pelas sirenes deve possuir uma frequência única escolhida entre o intervalo 200 Hz a 800 Hz; o sinal de início de aviso deverá ter a duração mínima de dois minutos composto por emissões sonoras de dois segundos separadas por um intervalo de três segundos.
O sinal de fim de aviso deverá ser composto por uma emissão sonora com duração de 30 segundos.
Ainda podem ser emitidas mensagens de voz com o intuito de informar a população em risco acerca das medidas de autoproteção a tomar.
FONTE: Resolução n.º 2 /2019, 12 de setembro
O Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami no Estuário do Tejo constitui uma importante ferramenta no domínio de gestão e mitigação de risco, em especial do de tsunami, contribuindo para:
- Informação e sensibilização das populações, com vista à sua preparação, fomentando uma cultura de autoproteção e de colaboração na resposta à emergência;
- Incremento da resiliência das populações e melhoria na capacidade de resposta do sistema de proteção civil a um cenário de catástrofe;
- Mitigação do risco, atenuando ou limitando os danos humanos e materiais;
- Reposição das condições de normalidade nas comunidades afetadas após a catástrofe.
De forma a responder a uma situação de perigo de tsunami, a Área Metropolitana de Lisboa criou o “Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami no Estuário do Tejo”, envolvendo os municípios que já tinham dados os primeiros passos nesta matéria, nomeadamente, Lisboa e Cascais. Este Sistema foi cofinanciado pelo POSEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
Em Lisboa, este sistema piloto engloba:
- Sirenes para difusão de sinais sonoros e mensagens de aviso à população em caso de perigo de tsunami, na Praça do Império e Ribeira das Naus;
- Sinalização de percursos de evacuação a serem utilizados pela população em caso de perigo de tsunami e a identificação de “pontos de encontro” - locais considerados seguros, afastados da costa ou da zona ribeirinha;
- Meios e ações de informação e sensibilização da população sobre o perigo sísmico e de tsunami e respetivas medidas e comportamentos de autoproteção, para que todos saibam como agir antes, durante e depois de fenómenos desta natureza.
Neste âmbito foram desenvolvidos folhetos e vídeos, disponíveis em português e inglês, a serem difundido em ações de sensibilização, redes sociais e nos painéis interativos, instalados na Praça do Império e Ribeira das Naus.
A emissão de Avisos de Proteção Civil à população compete à ANEPC e aos SMPC, utilizando para o efeito sirenes ou outros dispositivos sonoros, telecomunicações, órgãos de comunicação social ou redes sociais, entre outros.
FONTE: Resolução n.º 2 /2019, 12 de setembro
Em Portugal é o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em novembro de 2017 foi criado o Centro Nacional de Alerta de Tsunamis e encontra-se localizado na sede do Instituto em Lisboa, funcionando 24h por 7 dias por semana com o objetivo de fazer o acompanhamento da informação recebida em tempo real das estações sismográficas e maregráficas da rede nacional, que inclui Portugal continental, Açores e Madeira.
No caso de ser detetado perigo, o Centro emite mensagens de aviso para os pontos focais nacionais, em particular para o sistema nacional de proteção civil, (IPMA-CNOS | CNOS-CDOS-SMPC) as quais contêm informação preliminar sobre os sismos, indicando se há (ou não) uma ameaça de tsunami, quais as regiões que poderão ser afetadas e quais os tempos de chegada expectáveis para a primeira onda do tsunami.
FONTE: Instituto Português do Mar e da Atmosfera
- Se estiver perto da costa ou zona ribeirinha e sentir algum dos sinais naturais ou se receber informação sobe a possível ocorrência de um Tsunami, alerte as pessoas à sua volta e afaste-se imediatamente a pé para um local elevado e afastado da água;
- Permaneça no local elevado até as autoridades informarem que é seguro regressar.
Podem ocorrer novas ondas ao longo de várias horas.
O tempo de chegada da onda depende da localização do epicentro do sismo que dê origem ao tsunami.
No caso de um sismo semelhante do de 1755, será expectável que a primeira onda de tsunami atinja o Forte do Bugio em aproximadamente 35 a 45 minutos, perdendo depois velocidade ao entrar no rio Tejo.
Demorará mais cerca de 10 minutos até à zona de Belém e 25 minutos até à Praça do Comércio.
FONTE: Trabalho dos Professores Rui Ferreira e Daniel Conde - “Inundação por Tsunami de origem sísmica na cidade de Lisboa”, IST
- SENTIR um SISMO tão FORTE ou PROLONGADO (mais de 1 minuto) que tem dificuldade em permanecer de pé;
- VER uma variação súbita e anormal do NÍVEL DO MAR;
- OUVIR um RUÍDO estranho vindo do mar.
FONTE: Caderno Técnico PROCIV 28 “Guia de Referência para Planeamento de Evacuação em caso de Tsunami
São principalmente o Sudoeste da Margem Ibérica, a zona da falha da Glória e a região Vale Inferior do Tejo.
A principal causa de tsunamis está associada à ocorrência de sismos de forte magnitude (tipicamente superior a magnitude 7) acompanhados de rotura superficial no fundo do mar, podendo também ser causados por erupções vulcânicas submarinas, instabilidade de vertentes submarinas ou ocorrência de movimentos de massa com velocidade de deslocamento elevada em vertentes e escarpas adjacentes às margens.
FONTE: ANEPC e Guia Metodológico para a produção de Cartografia Municipal de Risco de SIG de base Municipal
Um tsunami é uma onda ou conjunto de ondas com correntes muito fortes, geradas por deformações bruscas do fundo dos oceanos, que podem chegar a terra e afetar zonas costeiras, praias, portos, áreas comerciais e habitacionais, de lazer e outras localizadas na respetiva envolvente durante várias horas.
A primeira onda pode não ser a mais gravosa.
FONTE: ANEPC e Guia Metodológico para a produção de Cartografia Municipal de Risco de SIG de base Municipal