Patologias e Anomalias

Entre as principais patologias encontram-se a fluência ou o apodrecimento, com deformações e abatimentos relevantes nos vãos, bem como a degradação das vigas junto às paredes em que se apoiam (paredes de instalações sanitárias, saguão, ou paredes exteriores) devido à entrada de águas e humidades, e ainda a produzida pela presença de fungos e insetos xilófagos, com grave depreciação das propriedades mecânicas e redução das secções úteis das peças.

Casos haverá, também, em que a betonagem do pavimento existente, que funcionou como cofragem perdida, (corrente em zonas húmidas: casas-de-banho e cozinhas), poderá ter levado à degradação dos vigamentos devido às humidades das argamassas (podridão e ataques de fungos). O aparecimento de aberturas, junto do encontro do rodapé com o soalho, e a abertura de fendas nas sancas do andar inferior e forte vibração são também indícios de patologias que carecem de verificação, podendo nomeadamente indicar uma importante degradação dos apoios.

A estas patologias, acrescentam-se as deficiências da própria estrutura, que se podem manifestar pela presença de flechas (deslocamentos verticais) mais ou menos acentuadas nos vãos, ou pelo empenamento de tabiques sobre os quais o pavimento se esteja já a apoiar, evidenciando a insuficiente capacidade do mesmo para suportar os esforços a que está sujeito.

É também de notar a presença de emendas sobre os apoios que impedem as vigas de funcionarem à tração, impossibilitando que as mesmas possam contribuir para o travamento das paredes exteriores para colapsos para fora do seu plano.

Pavimentos Mistos (cerâmicos, metâlicos)

As abobadilhas das marquises posteriores dos edifícios gaioleiros encontram-se muitas vezes extremamente degradadas, não só por falta de manutenção, mas também por efeito de agentes exteriores, causando corrosão dos elementos metálicos, cargas excessivas (como por exemplo utilização para arrecadação), deformações, entre outros.